O diálogo interno pode ser útil nas decisões?

Como funciona a sua mente? Ela é calma, silenciosa ou agitada e barulhenta? Quando está diante de uma decisão importante um lado diz “vai dar certo”, enquanto o outro ataca “isso não vai dar certo”? Como tirar proveito dessas emoções?

O poder da mente é incalculável. Segundo um dos pressupostos da PNL, “Dentro de nós existem todos os recursos de que necessitamos“. E, o grande aliado nessa garimpagem é o autoconhecimento. Quando nos predispomos a observar como a mente funciona, podemos nos deparar com uma multidão de tagarelas habitadas nela. Escutamos vozes: sábias, provocativas, boas, medrosas, fortes, sensíveis, corajosas, criativas, covardes, obedientes etc. Cada uma delas exerce a sua função, entretanto, para serem úteis em momentos de decisão, devemos aprender a distinguir as polaridades e promover a integração das partes.Com isso, potencializaremos as competências e conseguiremos romper os obstáculos.

Fazendo analogia ao filme Alice no País das maravilhas, cena em que Alice é pedida em casamento publicamente. Ela pede licença, sai atrás do coelho de casaca, escorrega e cai na “toca do coelho branco”. Ali, encontra todas as personagens que apareciam em seus sonhos. Podemos imaginar a representação disso como o diálogo interno.

Comparando a situação dela com a nossa realidade, Alice fez a viagem interior. Em sua jornada, ora sentia-se gigante, ora pequenina. Os “inimigos” a ameaçava. Em contrapartida recebia ajuda de outros elementos. Sua identidade foi questionada: “quem é você”, ela respondia: Eu sou Alice. A voz contestava não, você é a Alice errada. De tanto ouvir isso, ela teve dúvidas sobre a sua verdadeira identidade.

Adotar o hábito de se questionar: quem sou eu? De onde venho? Qual é o meu propósito? conduz a um mundo repleto de informações, segredos e respostas que reafirmam a identidade, cria mecanismos para enfrentar desafios, superar limites e retomar o caminho do propósito maior.

Voltando a análise do filme, Alice, apesar de sentir-se insegura, seguiu sua jornada. Enfrentou monstros, negociou parceria, conquistou amigos e protetores. Identificou seus recursos internos. Então, foi desafiada a lutar contra o monstro mais temido. O desafio despertou nela o medo. Ela não conhecia seu poder de enfrentar e vencer o inimigo, só que uma voz foi determinante: “nunca faça as coisas para agradar os outros, na hora da luta você estará sozinha e terá de vencer, portanto decida-se por você“. Existiam escolhas, ela deveria avaliar ganhos e perdas para tomar a decisão mais acertada. Os benefícios teriam de superar as perdas. As consequências seriam de responsabilidade dela.

Alice, emocionalmente inteligente, enfrentou seus medos, tomou a decisão de lutar. Usou a estratégia de buscar recursos que lhe daria coragem, pensou nas sete coisas impossíveis transformadas em verdadeiras na sua vida. Encontrou estímulos de autoconfiança para enfrentar o seu maior inimigo.

Em nosso mundo interior podemos encontrar recursos fantásticos, como as sete coisas impossíveis vivenciadas por Alice. Acessá-los é possível colocando-se em relaxamento com a intenção de recolher as joias da vida. Determine quais recursos deseja buscar em suas experiências e permita-se ser guiado pelo inconsciente. Esse tesouro acumula momentos de determinação, entusiasmo, foco, organização, estratégia e muitas outras habilidades que transformaram sonhos do passado em realidade.

A estratégia de identificar as sete coisas impossíveis ajudou Alice a eliminar o monstro, vencer seus medos e retornar a realidade autoconfiante para guiar sua vida, agradar a si própria. Conseguiu, ainda, definir seus objetivos com criatividade e visão de futuro.

Portanto, vamos ouvir as vozes internas, eliminar os monstros, fortalecer nossas crenças, com isso tomaremos as melhores decisões e nos sentiremos autoconfiantes.

Noscilene Santos, Coach Internacional

Twitter: Noscilenesan

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