No planalto do Tibete, um turista encontra um monge Zen e pergunta-lhe: “Diga-me como é a cidade de onde você vem?”
O monge pergunta de volta: “Como era aquela que você acabou de deixar?”
O turista responde: “Muitos vestígios belos do passado, mas com pessoas sujas, feias, pouco hospitaleiras e malcheirosas”.
O monge conclui: “Muito bem! Se você está indo para Touen-Houang, infelizmente acho que você vai encontrar pessoas sujas, feias e pouco hospitaleiras e que fedem a cinquenta metros de distância”.
Ao se aproximar da cidade, o monge cruza no caminho com outro turista que lhe faz a seguinte pergunta:
“O senhor, tão sábio e culto, deve conhecer a cidade de Touen-Houang?”
“É a cidade de onde eu venho”, respondeu o monge.
O Turista quis saber: “E como são as pessoas de lá?”
“Como são aquelas da cidade que você acaba de sair?” pergunta o monge.
“Maravilhosas, muito delicadas… Foi difícil sair da cidade para continuar minha viagem”. Disse o turista.
“Ah! Aquelas da próxima cidade de Touen-Houang vão lhe parecer ainda mais maravilhosas. Boa viagem e que Deus o acompanhe para todo o sempre!”, respondeu o monge.
Nessa história, havia um discípulo acompanhando o monge e ele ficou intrigado com as distintas respostas dadas aos turistas referindo-se a mesma cidade. Então, perguntou: “Mestre, o que o fez responder de modo diferente a mesma pergunta?”
O monge respondeu: “A realidade de cada um deles. Não importa o lugar e sim o que está por dentro”.
Autor desconhecido
postado por Noscilene Santos