A curiosidade é vista como um impulso natural, o desejo de aprender mais. É uma poderosa ferramenta de aprendizagem. Pessoas curiosas expandem suas mentes, têm mais liberdade de ação e poder de decisão. Seu campo de conhecimento é abrangente, não se limita a especificações técnicas, sua sede é o saber. Os curiosos costumam questionar até a exaustão, são insaciáveis em sua busca por informações consistentes. Têm um talento natural para formular perguntas positivas que levam a reflexão e à ação.
A habilidade em elaborar perguntas que resolvem, poderá gerar resultados excepcionais no trabalho em equipe, na comunicação, em reuniões de negócios, planejamentos e empreendedorismo, por despertar nas pessoas o seu poder criativo, entusiasmo e autoconfiança. Perguntas positivas apontam novos caminhos, são úteis para investigar situações sem causar constrangimentos às pessoas e isso gera confiança.
Um líder que deseja despertar o curioso que está dentro de cada um de seus colaboradores, deve estimular a curiosidade. Uma equipe com a atitude do questionamento tem maior capacidade de julgar, melhores argumentos e inteligência mais aguçada. Além disso, consegue se comunicar de modo fluido e interessante, já que interage com perguntas espontâneas que enriquecem o diálogo e inspiram a outra pessoa a expor suas idéias ordenadamente. A arte da pergunta positiva gera confiança pessoal e profissional e dá mais sentido às realizações.
Quando se trata do tema curiosidade, Leonardo Da Vinci é para mim uma das maiores referências da história, devido a sua genialidade em transitar pelas sete inteligências de modo extraordinário. Ele possuía uma insaciável curiosidade em relação ao mundo à sua volta, não se limitava aos estudos formais. O seu fascínio pela natureza gerava muita curiosidade e inspiração, queria saber, por exemplo: Como um pássaro voa? De uma pergunta simples e até mesmo ingênua, desencadeavam outras que especificavam a informação: “O pássaro voa porque tem duas asas? Por que tem penas? Como levanta vôo? Como diminui a velocidade? Como acelera? Quão alto ele pode voar? Quando dorme? Quão boa é a sua visão?”
De uma única questão, várias outras surgem. São perguntas que especificam a situação e aumentam a capacidade de encontrar respostas. É possível trazer essa mesma capacidade para a realidade pessoal e profissional. Como seria sua vida se a pergunta certa fosse feita na hora certa? E se essas perguntas fossem positivas, simples e até mesmo ingênuas? Pense na criança; pense em você quando criança: como formulava perguntas para saciar a sua curiosidade? Alguma vez se sentiu retraído e deixou de fazer uma pergunta na fase da infância? Provavelmente a resposta é não. Uma criança não tem medo de perguntar, ela ainda não sabe o que é isso. O que a criança tem é sede de saber, de aprender.
A propósito, qual pergunta que ainda não foi feita sobre a questão que você busca resposta? Uma pergunta incomum pode despertar reações surpreendentes. Um dos artifícios que Leonardo Da Vinci usava para avaliar sua obra, era observar de pelo menos três ângulos diferentes, usava espelhos para ver a imagem invertida e enxergar as imperfeições. Ele costumava, ainda, sair de vez em quando para relaxar; porque ao retornar ao ambiente, sua capacidade de julgar era maior. Segundo ele, o contato contínuo com o trabalho faz perder a capacidade de julgá-lo. Essa é uma visão a ser considerada, pois quando a pessoa está no centro do problema tem maior dificuldade de ver as soluções; uma ótima opção é “sair do quadrado” para questionar e avaliar o fato tal qual ele é, de forma isenta de emoções.
A curiosidade nos move em direção ao conhecimento, aprendizagem e crescimento. Esse comportamento abre as portas para a liberdade de escolhas. A minha curiosidade agora é saber com que freqüência você usa essa habilidade simplesmente por desejo de obter mais conhecimento? De que maneira a curiosidade influencia suas decisões?
“Aquele que pergunta é tolo por cinco minutos, mas aquele não pergunta permanece tolo para sempre.”
Provérbio Chinês