Comunicamos-nos o tempo inteiro por meio da linguagem verbal e não-verbal. Quando transmitimos uma mensagem, em nosso modo de ver, falamos claro e objetivamente e, por isto mesmo, podemos nos sentir ofendidos quando a outra pessoa interpreta de modo diferente a intenção colocada em palavras, sentimentos e ação.
As diferentes percepções têm a ver com as experiências pessoais que acumulamos ao longo da vida. Um dos pressupostos da Programação Neurolinguística é que “As pessoas respondem a sua experiência, não a realidade em si”, em outras palavras “o mapa não é o território”, significa que as respostas estão embasadas em crenças e valores. São referências que utilizamos para decifrar o que o outro quer transmitir e também, para formularmos a resposta.
Recebemos estímulos externos por meio do que vemos, ouvimos, degustamos e sentimos. Esses eventos passam pelos filtros universais da experiência: eliminação, generalização e distorção. Consequentemente formam-se memórias, informações, crenças, valores e instintos que geram pensamentos. Tais pensamentos criam representações internas que acessam os sentimentos e provocam alterações na fisiologia, desencadeando, então, o comportamento que impulsiona a resposta. Veja como é complexa a comunicação e apesar disso, nós conseguimos nos comunicar.
A má interpretação da mensagem advém do fato de omitirmos partes importantes da história, deixamos lacunas que a outra pessoa preenche de acordo com as suas próprias experiências. Para evitarmos distorções dessa natureza, devemos entender “o mapa da realidade” do interlocutor. Isto pode ser feito usando a técnica de perguntar o que especificamente a pessoa quer dizer.
Perguntas esclarecem significados, extraem informações e aumentam as possibilidades de respostas. A pergunta inteligente amplia o campo de escolhas, enriquece o diálogo e melhora sensivelmente a comunicação. Podemos afirmar que é uma poderosa ferramenta na comunicação.
A chave para o bom diálogo é dar evidências, criar quadros com referências comuns entre as pessoas que receberão a mensagem. Usar palavras sensoriais que afetam os diferentes perfis: visual, auditivo e cinestésico.
Pessoas visuais apreciam a beleza, a luminosidade. Uma das características desse perfil é a organização. Podem aprender pela observação. O visual diria: “a explicação está clara”. Já os auditivos têm facilidade para aprender o que escutam. São capazes de ouvir uma música pela primeira vez e sair cantarolando. São eloquentes, falam com cadência e podem imitar facilmente outras pessoas. Poderiam pronunciar: “a explicação fez eco em meus ouvidos”. E os cinestésicos gostam de sentir, tocar, saborear. São movidos pelo sentimento, gostam de abraçar e olhar diretamente nos olhos. Aprendem com a prática. O cinestésico verbalizaria: “sinto-me satisfeito com a explicação”. A simplicidade no uso da linguagem é o segredo da boa comunicação.
E eu estou aqui a me perguntar, será que atingi o objetivo de explicar a causa da interpretação distorcida da mensagem?
“O significado da comunicação não é simplesmente aquilo que você pretende, mas também a resposta que obtém”.
Noscilene Santos é Coach internacional certificada pelos institutos: ICI- International Association of Coaching Institutes e ECA-European Coaching Association, Palestrante, Master practitioner e trainer em PNL, formação em Hipnose Ericksoniana. Doutoranda in Business Administration, FCU –USA; Mestra in Business Administration – FCU-USA; Especialização em Gestão Empresarial; bacharelados em Comunicação Social e Administração de empresas. Autora do Manual Prático de Coaching-Ferramentas para potencializar competências de liderança. Apresentadora do programa A Hora do Coaching – clictv.uol.com.br
People Training Brasil – noscilene.santos@peopletraining.com.br – twitter: Noscilenesan –www.financecoaching.wordpress.com www.peopletraining.com.br