O pensamento é o ensaio da ação. (Segmund Freud)
O ponto de partida para valorizar o profissional desmotivado é identificar os fatores que contribuíram para alterar o seu estado emocional. Acima de tudo, compreender seus motivos para agir e desempenhar suas atividades comprometido com resultados e senso de equipe.
A motivação é o impulso interno que move a pessoa à ação. No caso do profissional desmotivado, pressupõe-se ausência de motivos para empenhar-se a executar o trabalho com dignidade. Isso pode estar relacionado às necessidades básicas não atendidas ou a problemas de ordem pessoal, quer seja por falta de expor seus sentimentos, acreditando que o líder já os conhece ou por dificuldades no relacionamento entre eles.
A partir dessas suposições, o líder será capaz de valorizar o profissional desmotivado, dialogando com ele. Colocando-se aberto a ouvir seus anseios sem pré-julgamentos ou interpretações de cunho pessoal. Pois, a desmotivação, muitas vezes, é consequência do clima organizacional, falta de informações que geram excesso de boatos e incertezas.
Segundo Stephen Covey, liderar é comunicar às pessoas seu valor e seu potencial, de forma tão claras, que elas acabam por vê-los por si mesmas. Essa definição nos remete à prioridade em cuidar do capital humano. Assim, caberá ao líder conhecer, de forma integral, cada colaborador de sua equipe, para que possa definir estratégias inspiradoras, capazes de manter acesa a chama da motivação.
A curiosidade, agora, é saber até que ponto os líderes conhecem seus colaboradores?
Para fundamentarmos a questão, buscamos dados em pesquisa realizada pelo instituto Gallup com líderes e liderados, separadamente. Os resultados foram surpreendentes. Na visão dos líderes, seus colaboradores queriam primeiro os salários, depois recompensas, ambiente e reconhecimento. Já os colaboradores classificaram o reconhecimento em primeiro lugar, seguido de condições de trabalho, ambiente e salário. Podemos observar, nas respectivas classificações, a distância entre pensamentos de líderes e expectativas dos colaboradores.
O reconhecimento, classificado em primeiro lugar, se justifica por ser um ato de gratidão, de reforço aos bons comportamentos e desempenhos. Evidente que o fato de reconhecer o bom profissional, não elimina os demais itens. As necessidades básicas do ser humano seguem uma hierarquia, segundo Abraham Maslow.
Sempre que abordamos esse tema, pessoas nos questionam se o dinheiro é ou não é motivador. Na realidade, um conjunto de coisas desperta a motivação, o dinheiro é um deles, todavia, quando acaba, a desmotivação retorna.
Existem diferentes estratégias para despertar a motivação. No processo de coaching trabalhamos fortemente as crenças e valores, desafiando o coachee com perguntas que levam a reflexão e a ação.
Em síntese, para valorizar o profissional desmotivado, é necessário despir-se de julgamentos, buscar o diálogo aberto, livre de ruídos. Ouvir com atenção; fazer perguntas que ampliem a visão e esclareçam os significados. Oferecer feedbacks construtivos. Ser congruentemente. Dessa forma, será possível contagiar a equipe, influenciar, valorizar e despertar a motivação. O ganho com essa atitude é fomentar o sentido de pertencer. O grande segredo é a comunicação efetiva.
Noscilene Santos, Coach Internacional certificada pelos ICI- International Association of Coaching Institutes, ECA – European Coaching Association. Master practitioner e Trainer em PNL pela Actius; Estudou The New Code NPL com John Grinder e Carmem Bostic; Formação emGenerative Coaching com Robert Dilts; Sistemic Coaching com Bernd Isert; The Hero Jorney & 5 Rhythms com Dilts & Deborah Bacon; Hipnose Ericksoniana com Consuelo Casula pelo Metaforum Internacional. Estudou teatro e Clown na BRAAPA. Doutoranda em Business Administration; Mestra em Business Administration pela Florida Christian University-USA; bacharelados em Comunicação Social pela Casper Líbero e Administração de Empresas pela Oswaldo Cruz. Sua experiência profissional inclui atuação como executiva no mercado financeiro e em seguros pelo Banespa e Santander. É Consultora de treinamentos e palestrante, desde 1999; ministra aula de PNL na BRAAPA. Autora do Manual Prático de Coaching, Coautora do livro Ser Mais com PNL e apresentadora do programa A hora do Coaching – www.clictv.uol.com.br,noscilene.santos@peopletraining.com.br TWITTER: Noscilenesan